O transporte de cargas representa parte significativa da economia brasileira. Esse setor pode ser realizado de diversas formas, entretanto sua maioria é feita por malha rodoviária por meio de diferentes modelos de caminhões.
Segundo a Pesquisa Anual de Serviços (PAS), entre 2009 e 2018 o setor rodoviário de transporte de cargas movimentou mais de 480 bilhões de reais, equivalente a 6,4% do Produto Interno Bruto (PIB) do país. No Brasil, há em média 2 milhões de caminhões em circulação. Mais de 60% desse número representa os profissionais autônomos, segundo dados da consultoria NTC & Logística. Quando falamos de empresas, são em média 12 mil cadastradas como transportadoras rodoviárias.
A dependência do transporte de cargas chegou a um nível em que o governo federal adicionou o trabalho dos caminhoneiros aos serviços essenciais, juntamente com a segurança, saúde e alimentação. Afinal, sem eles os produtos essenciais não chegariam.
Como é feito o transporte de cargas
O transporte de cargas é feito principalmente por rodovias, pois é o modo mais eficiente e econômico para percorrer grandes distâncias. A malha rodoviária do país é composta por cerca de 4 milhões de quilômetros de estradas, com boa parte delas pavimentadas.
O transporte de cargas também pode ser feito por ferrovias, hidrovias e aerovias. Essas categorias são menos utilizadas por conta da menor capacidade de transporte e maior custo. Atualmente, o transporte rodoviário é responsável por aproximadamente 70% do transporte de cargas no Brasil, seguido pelo transporte ferroviário com 20% e hidroviário com 10%.
O setor de transporte de cargas é regulamentado pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), órgão responsável por fiscalizar o cumprimento das normas e regulamentos do setor. O Brasil também conta com uma série de desafios como a falta de infraestrutura, corrupção, burocracia, falta de competitividade e segurança nas rodovias. Entretanto, estamos caminhando para melhores condições dentro desse setor tão importante.
A dependência do setor rodoviário
O Brasil é dependente do setor rodoviário para realizar o transporte de cargas. Isso se deve não apenas por ser a modalidade que representa cerca de 70% do transporte, mas devido a alguns feitos do passado.
Nossas ferrovias são praticamente inexistentes e as hidrovias são limitadas. Por isso, o setor rodoviário ganha protagonismo nessa situação. Em 1854, no Rio de Janeiro, foi inaugurada a primeira ferrovia do país. Ela permitiu alavancar o transporte de mercadorias e passageiros por vias terrestres. Os próximos anos seguiram da mesma forma, fazendo com que as ferrovias se expandissem de forma gradativa.
Essa situação começou a mudar no início do século XXI, no governo de Washington Luís, presidente que começou a focar na construção de estradas e rodovias. Seus sucessores, Getúlio Vargas e Juscelino Kubitschek, seguiram a mesma linha e expandiram ainda mais o crescimento das rodovias no país. Aos poucos as ferrovias foram sendo utilizadas com menor frequência, os investimentos foram diminuindo e ainda hoje seguimos dessa forma.
Por motivos como os citados acima, é que esse setor vem crescendo no país e impactando positivamente a nossa economia. Outra curiosidade, é que no Brasil apenas o setor rodoviário consegue entregar a mercadoria diretamente na porta do usuário final.
Conhecer um pouco mais sobre o transporte de cargas é importante para podermos valorizar os caminhoneiros e todas as pessoas envolvidas. Você já sabia o impacto desse modal para o Brasil?